Eram 169 pulgas, 38 carrapatos e 75 piolhos. Todos moravam num cão de rua. Naquele “planeta”, os carrapatos preferiam o interior das orelhas, os dedos, a cernelha e as axilas. No dorso, lombo e abdômen viviam as pulgas. Os piolhos no restante. O cão era uma coceira só. Sugavam o sangue inoculando-lhe uma saliva irritante. Dia e noite, domingos e feriados.
Um dia alguém percebeu que o alimento estava caindo de qualidade – um sangue ralo e cada vez mais cor-de-rosa. Seria necessária uma assembléia de todos os moradores.
Na semana seguinte teve início a I Conferência Planetária do Meio Ambiente. O fórum escolhido foi o dorso do animal. Compareceram 292 pulgas, 94 carrapatos e 101 piolhos. Após a aprovação do regimento da Conferência, uma pulga fez uso da palavra:
- Senhoras e senhores, tenho notado uma drástica diminuição dos nossos recursos naturais. O planeta está anêmico!
- As culpadas são vocês mesmos suas pulgas imediatistas… atacou uma fêmea de carrapato entumescida de sangue.
- Que nada, nós até sabemos reciclar…
- Não entendi, interpelou um piolho.
- Nossas larvas, futuras pulgas, são alimentadas com nossos próprios dejetos… isto é ou não é reciclagem?
- Acho que tudo é uma questão política, completou outro carrapato.
E a reunião prosseguiu acalorada.
De repente o “planeta” começou a balançar…
- Efeito estufa? Aumento da temperatura global? Queimadas? Terremotos? Ou efeito do buraco na camada de ozônio?
Na verdade era o cão que se coçava desesperadamente num solitário jequitibá… Ouvindo toda a discussão a árvore tentou ajudar:
- Gente! Vocês já ouviram falar em “desenvolvimento sustentável”?
Todos silenciaram para escutar.
- Antigamente essa praça era uma floresta. Inúmeras árvores de variadas espécies. Produzíamos flores, frutos, abrigos, sombra e madeira. As folhas mortas e os restos dos animais se decompunham rapidamente com a ação do calor e da umidade frequente.
Assim todos os nutrientes eram devolvidos à terra-mãe, alimentando-nos e possibilitando o nascimento de novas plantas. Tudo aqui era biodiversidade. Existiam orquídeas, bromélias, cipós e toda a vida animal. As copas amenizavam a queda da chuva que suavemente deslizava entre os galhos. Não havia erosão. De vez em quando cortavam algumas árvores.
Nem precisavam reflorestar. Nós mesmas fazíamos o replantio com a ajuda dos morcegos, frugívoros, cutias, gralhas, borboletas, beija-flores e até do vento. Assim a floresta se AUTO- SUSTENTAVA.
Mas um dia começaram a nos desmatar além da conta… logo fiquei sozinha. hoje virei mictório de cães e de gente. As minhas folhas são impiedosamente varridas. Não têm mais o direito de apodrecer ao pé da árvore-mãe…
- Mas afinal o que é desenvolvimento sustentável? – perguntou um piolho aflito.
- É cada um sugar sem exageros o alimento e dar tempo ao “planeta” de se recuperar…
- Vamos ter que produzir economizando, lembrou um
carrapato demonstrando preocupação
- afinal todos nós podemos jejuar mais de um mês…
E a plenária efervesceu. Foram criados manifestos e leis ambientais. Publicaram a “Carta dos Ectoparasitos”. Elegeram-se delegados. Todos se comprometeram…
Ao final dos debates já haviam 3.090 pulgas, 2.348 carrapatos, 2.251 piolhos… No dia seguinte, o cão morreu.
* Médico Veterinário
Um dia alguém percebeu que o alimento estava caindo de qualidade – um sangue ralo e cada vez mais cor-de-rosa. Seria necessária uma assembléia de todos os moradores.
Na semana seguinte teve início a I Conferência Planetária do Meio Ambiente. O fórum escolhido foi o dorso do animal. Compareceram 292 pulgas, 94 carrapatos e 101 piolhos. Após a aprovação do regimento da Conferência, uma pulga fez uso da palavra:
- Senhoras e senhores, tenho notado uma drástica diminuição dos nossos recursos naturais. O planeta está anêmico!
- As culpadas são vocês mesmos suas pulgas imediatistas… atacou uma fêmea de carrapato entumescida de sangue.
- Que nada, nós até sabemos reciclar…
- Não entendi, interpelou um piolho.
- Nossas larvas, futuras pulgas, são alimentadas com nossos próprios dejetos… isto é ou não é reciclagem?
- Acho que tudo é uma questão política, completou outro carrapato.
E a reunião prosseguiu acalorada.
De repente o “planeta” começou a balançar…
- Efeito estufa? Aumento da temperatura global? Queimadas? Terremotos? Ou efeito do buraco na camada de ozônio?
Na verdade era o cão que se coçava desesperadamente num solitário jequitibá… Ouvindo toda a discussão a árvore tentou ajudar:
- Gente! Vocês já ouviram falar em “desenvolvimento sustentável”?
Todos silenciaram para escutar.
- Antigamente essa praça era uma floresta. Inúmeras árvores de variadas espécies. Produzíamos flores, frutos, abrigos, sombra e madeira. As folhas mortas e os restos dos animais se decompunham rapidamente com a ação do calor e da umidade frequente.
Assim todos os nutrientes eram devolvidos à terra-mãe, alimentando-nos e possibilitando o nascimento de novas plantas. Tudo aqui era biodiversidade. Existiam orquídeas, bromélias, cipós e toda a vida animal. As copas amenizavam a queda da chuva que suavemente deslizava entre os galhos. Não havia erosão. De vez em quando cortavam algumas árvores.
Nem precisavam reflorestar. Nós mesmas fazíamos o replantio com a ajuda dos morcegos, frugívoros, cutias, gralhas, borboletas, beija-flores e até do vento. Assim a floresta se AUTO- SUSTENTAVA.
Mas um dia começaram a nos desmatar além da conta… logo fiquei sozinha. hoje virei mictório de cães e de gente. As minhas folhas são impiedosamente varridas. Não têm mais o direito de apodrecer ao pé da árvore-mãe…
- Mas afinal o que é desenvolvimento sustentável? – perguntou um piolho aflito.
- É cada um sugar sem exageros o alimento e dar tempo ao “planeta” de se recuperar…
- Vamos ter que produzir economizando, lembrou um
carrapato demonstrando preocupação
- afinal todos nós podemos jejuar mais de um mês…
E a plenária efervesceu. Foram criados manifestos e leis ambientais. Publicaram a “Carta dos Ectoparasitos”. Elegeram-se delegados. Todos se comprometeram…
Ao final dos debates já haviam 3.090 pulgas, 2.348 carrapatos, 2.251 piolhos… No dia seguinte, o cão morreu.
* Médico Veterinário
Legal sua postagem.
ResponderExcluirAbraço.
Adorei Tia! Parabéns.
ResponderExcluirAprendi com o texto que deve-se respeitar o espaço do próximo e usar da natureza só o que for necessário.
ResponderExcluirOs parasitas se reproduziram muito e abusaram do meio ambiente,o cachorro morreu.Eles fizeram totalmente o contrário do desenvolvimento sustentável.
Se não nos prevenirmos pode acontecer a mesma coisa com o nosso planeta,o texto serve como um aviso.
Gabriel Alves. 9ano B
O texto apresemtado faz uma alusão ao desenvolvimento sustentável e também uma comparação da Terra com um cachorro tendo seu sangue (seria os recursos naturais),de forma excessiva,pelos parasitas (que seriam os homens,os países industrializados,as grandes empresas),esses explorando de forma inadequada o que a natureza nos oferece sem se preocupar com as gerações futuras.
ResponderExcluirJoão Victor 9ano B
Achei um texto muito interessante porque mostra que os problemas ambientais do nosso planeta podem ser resolvidos através do desenvolvimento sustentável, se cuidarmos da natureza não jogando lixo no chão, não poluir os rios e também fazer o replantio após o desmatamento, teremos uma vida melhor.Para concluir, o que o texto retrata é que o desenvolvimento sustentável e o uso correto dos recursos naturais podem trazer uma vida melhor.
ResponderExcluirHiago Lima 9º ano B
Com o aumento da população e do consumo dos recursos naturais,o planeta(no caso o cachorro),foi criando uma certa fragilidade daquele uso excessivo,trazendo um grande problema para a população(no caso,carrapatos,pulgas)que era a escassez cada vez mais agravante,comprometendoas suas sobrevivência.
ResponderExcluirGabriel Rodrigues 9ano B
Refletindo a situação do nosso planeta, chegamos à conclusão de que não passamos de meros parasitas, que sugam incansavelmente, o sangue daque que habita (os recursos naturais e o planeta Terra, no caso)e quanto mais sugamos, ou seja, nos apropriamos de forma incontrolada, mais prejudicamos o nosso hospedeiro, a Terra. É o exemplo das pulgas, carrapatos, que são os parasitas que sugam o sangue do cachorro, seu hospedeiro.
ResponderExcluirAdrielly - 9º Ano B
O texto me repassou uma idéia de que devemos respeitar não só ao proxímo,mais também o planeta,não devemos agredir o meio ambiente.E os parasitas não se deram conta de que exploraram além da conta,causando a morte do cachorro,totalmente destorcendo sobre o que é desenvolvimeto sustentável.
ResponderExcluirPortanto devemos ficar alertas , porque o "desenvlvimento sustentável",não busca uma medida de rápida adptação e sim uma medida evolutiva , através da utilização dos recursos naturais,tendo o cuidado de preservar para as gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável é quando cada um faz sua parte para ter um planeta melhor,um desses meios é a reciclagem,o reflorestamento e etc.No texto se as pulgas, piolhos e carrapatos tivessem feito sua parte o cão não teria morrido e o alimento delas estaria em boa qualidade.
ResponderExcluirNossa professora e bem legal em! Gostei muito da senhora ter compartilhado, e é bem parecido com o mundo que estamos vivendo agora.
Rafael Alves Nasciemtno 9°Ano A
Essa história é muito interessante, pois mostra um pouco da realidade do nosso planeta, o cão por exemplo,é o planeta e as pulgas e carrapatos somos nós.
ResponderExcluirAssim podemos ter a noção de quanto nós prejudicamos o meio ambiente.
Com essa história vamos nos sensibilizar e diminuir os estragos que fizemos com o nosso planeta.
Porque se não a história vai acabar do mesmo jeito, como no final o cão morreu,o nosso planeta vai se acabando aos poucos.
Tamiris-9° ano A
Essa história mostra muitos ensinamentos sobre o sofrimento do cachorro,(analisando o nosso planeta)o quanto o cachorro sofre com as pulgas,carrapatos e piolhos,nós humanos sofremos com o desmatamento ao meio ambiente.
ResponderExcluirApesar do final da história o cachorro morre por não agentar mais, aos poucos o proprio homem vem se matando.
karolline dutra/9°ano B
antes o planeta era muito mais bonito,mais saudável ,mais limpo.Com o crescimento das industrias e a população que não respeita o espaço dos outros ,o mundo está morrendo lentamente
ResponderExcluirsomos parasitas descontrolados,acabando com lugar em vivemos.Rosiane Arifa-9°c
ResponderExcluirmeus parabens
ResponderExcluirThales 9° ano C
O Texto no leva a refletir sobre o comportamento do ser humano diante do meio Ambiente.A falta de consciência de cada pessoa nos leva a prejuízos futuros,pois,cada vez mais o planeta se cansa e se desgasta.Quando o ser humano acordar poderá ser, como o cachorro,tarde demais,pois foi isso que aconteceu com ele.Quando os países fizeram a conferencia planetária do meio ambiente e tomaram medidas drásticas, já tinham sido tarde demais, pois o cão já esta no fim da vida.
ResponderExcluirNOME: Hiago Arifa Nº15 TURMA:9ºano C
O Nosso planeta terra está infestado de pessoas como os carrapatos,piolhos e as pulgas,estão acabando com o nosso planeta.O Homem é muito irresponsável que fica desmatando a natureza.
ResponderExcluirSe a gente não procurar uma solução imediata para este problema e não destruir o nosso ambiente,nosso planeta vai acabar morrendo igual ao cachorro.Nós devemos tomar cuidado porque as florestas são muito lindas.
o texto esta comparando o nosso planeta,que muito poluído,com a vida que um cachorro que vive na rua jogado, como se fossem as pessoas jogando lixo nas ruas, e poluíndo o nosso meio ambiente. Como mostra no texto as pessoas têm parar e pensar, porque poluir o nosso planeta sem necessidade alguma. É preciso agir para que nao acabe com o planeta terra.
ResponderExcluirmayanne antunes/9ano C
Eu entendi que o Cão seria o nosso planeta e os carrapatos e pulgas seríamos nós seres humanos.Nossos recursos naturais vem acabando,sabendo que o efeito estufa,o aumento de temperaturas global,queimadas são causadas por nós seres humanos.
ResponderExcluirWillian Gil Amaral /Nº:35 /9ºAno C
Achei um texto muito interessante porque mostra que os problemas ambientais do nosso planeta podem ser resolvidos através do desenvolvimento sustentável, se cuidarmos da natureza não jogando lixo no chão, não poluir os rios e também fazer o replantio após o desmatamento, teremos uma vida melhor.Para concluir, o que o texto retrata é que o desenvolvimento sustentável e o uso correto dos recursos naturais podem trazer uma vida melhor.
ResponderExcluirHiago Lima 9º ano B
Achei legal, o texro retrata um cachorro como o mundo, o planeta terra. As pulgas, carrapatos e piolhos, considerados as pessoas que vivem no mundo. No mundo de hoje, de tanto os seres humanos tirarem os recursos naturais do planeta terra, como exemplo, os desmatamentos e as queimadas que acaba causando consequências irreversíveis, como o efeito estufa, o buraco na camada de ozônio. Aos pucos, nosso planeta está sendo destruido.
ResponderExcluirChakiber Júnior 9º ano C
Eu entendi que as pulgas,carrapatos e os piolhos no texto são como nós,que vivemos desmatando o planeta e como o planeta,o cão que está sofrendo.
ResponderExcluirDevemos economizar,por exemplo,água,não deixar o computador ligado,porque consome energia,olhar o motor do carro, pois as fumaças que saem provocam o efeito estufa.
Já se pode ver o aumento na temperatura global.
Parabéns Gau!!!!
ResponderExcluirO texto se refere-se muito bem ao que está acontecendo com o nosso planeta TERRA.Constante acabamos pouco a pouco com o lugar em que vivemos.Mas porêm as pessoas acabando com as matas e as nossas águas...O planeta vaiu acabar igual ao cão, morto.estamos sugando a vida do nosso planeta.
Andressa Gomes 9°C